Novo normal dos eventos: o que organizadores aprenderam na pandemia

No final de 2019, a área de eventos corporativos atingia o crescimento de 14%, conforme a Associação Brasileira de Empresas e Eventos (ABEOC). Diante dessa realidade, a promessa era de que em 2020 os números continuassem a aumentar. No entanto, chegou a pandemia, e um novo normal dos eventos precisou ser pensado.

Dentro desse cenário que começou a ser desenhado em março de 2020 aqui no Brasil, em vez de cruzarem os braços até que pudessem realizar eventos novamente, os organizadores partiram para ação. Afinal, apesar da freada que a economia sofreu, o mercado não estagnou. Mesmo sem os eventos acontecendo, os organizadores se mantiveram atentos e preparados para quando a retomada iniciar. E, diante disso tudo, adaptação e reinvenção são palavras que guiam o setor.

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Como resultado dessa atitude, já é possível identificar alguns ensinamentos importantes que a pandemia trouxe com ela.

3 ensinamentos para serem aplicados no novo normal dos eventos

Aos poucos, a possibilidade de reunir pessoas começa a ser permitida em vários lugares no mundo. E se repete aqui no Brasil. Mas se engana quem pensa que será só voltar a fazer o que já se fazia. A pandemia trouxe alguns ensinamentos para vários setores e com o de eventos não seria diferente.

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1 – Explorar novos modelos e possibilidades de eventos

Às vezes, o que a gente mais precisa é de uma sacudida para sair do automático e começar a explorar novas possibilidades. Tudo bem que não precisa ser com tanta força assim. Mas o fato é que a pandemia serviu para os organizadores de eventos identificarem a necessidade de retomarem modelos e possibilidades de eventos que já existiam, mas ainda eram pouco explorados. Prova disso são os eventos online. Mesmo que já fossem realidade para alguns, não havia foco em toda sua potencialidade. 

Nesta mesma linha estão os eventos híbridos que foram reinventados. A versatilidade desse formato permite utilizar diversos recursos, como vídeos gravados para serem passados durante a transmissão online. O que amplia a possibilidade de contar com mais especialistas participando como palestrantes. 

Com essas e outras vantagens, é provável que este modelo acompanhe os organizadores e produtores de eventos também no pós-pandemia.

2 – Distância não impede as equipes de fazerem um bom planejamento

Praticamente todas as empresas tiveram que se adaptar rapidamente ao home office. Na área de eventos, o uso de plataformas online para planejamento e organização das atividades facilitou esse processo.

Driblando algumas dificuldades na comunicação para não deixar a distância esfriar o relacionamento das equipes, já é possível afirmar que o novo normal dos eventos inclui o trabalho remoto.

3 – Para atrair participantes é preciso mais que um nome de peso entre os palestrantes

Com o isolamento social, surgiram novas preocupações como o medo da contaminação e o fato de sair de casa nem sempre ser necessário. É diante desses dois fatores que mais um aprendizado se apresenta para os organizadores de eventos. Agora, eles entendem que para contar com a participação presencial dos inscritos, precisam muito mais que um nome de peso entre os palestrantes para atraí-los.

O cuidado com a saúde, o bem-estar e a segurança deve ser o diferencial dos congressos, seminários e simpósios de sucesso com o novo normal dos eventos.

Se muitos dizem que é na crise que se aprende e cresce, o setor de eventos está aí para mostrar que é verdade. Mesmo que o aprendizado ainda seja bem maior que o crescimento. Pelo menos por agora.